quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A CALINADA DO SÉCULO (Até ver...claro)



O CC do PCP reagiu oficialmente aos desastrosos resultados eleitorais. Normalmente encontra-se sempre uma qualquer mais valia nos resultados (perdemos votos mas ganhamos deputados; perdemos em % mas ganhamos em votos, perdemos votos mas ganhamos mandatos) por muito maus que pareçam, mas até nem têm sido assim tão maus como isso, ultimamente, já que desde 2002 tem sido sempre  a recuperar terreno. Todavia , desta vez não há ponta por onde se lhe possa pegar, o PCP perdeu 4,2% e 263074 votos. Ora, perante isto, quando o bom senso mandava que se dirigisse ao eleitorado desiludido e alertando para os efeitos nocivos que um tal desinteresse e uma tão relaxada atitude (nunca antes vista nos eleitores PCP) possa ter,ou seja quando devia "puxar as orelhas" aos seus, vem o camarada Jerónimo com a idiotice do século insinuar que o PCP perdeu 260000 votos por causa de uma "bonequita".

 Ele diz que não se referia à Marisa Matias, mas se assim é, então referia-se à Maria de Belém???? Não me parece que esta ultima pudesse "roubar" eleitorado ao PC. 
Em boa verdade, nem a Marisa o "roubou" porque o BE perdeu 81000 votos, mas manteve a percentagem de 10,2% de 2015, ou seja, atingiu o objectivo da candidatura que era, sem dúvida manter/fidelizar os eleitores de 2015, solidificar a sua posição na sociedade e no espectro politico e , sobretudo, manter o "elan" de crescimento, algo em que o PCP falhou "a todo o pano". 
De quem é a culpa? Não é do Edgar, pois não. Nem será do partido, mas sim dos 260000 que ficaram em casa ou foram passear em vez de irem votar no seu candidato e demonstraram que "assim (não) se vê a força do PC". 
Estranho também é verificar que o PC ficou aflito e atordoado com esta quebra como se ela fosse representativa da sua real força. Não é. Se fossemos para legislativas muito provavelmente teria os mesmos 8,2% de 2015. Eu repito, o mau resultado, a perda de 260000 votos deveu-se a uma coisa apenas, a saber, ao facto de 260000 comunas terem ficado em casa em vez de terem ido votar. 
Por isso é ainda mais estranho e ridículo assistir ao ressentimento machista e bafiento de Jerónimo quando se refere á tal "bonequita" como se alguém lhe tivesse roubado o chupa-chupa onde ele estava habituado a mamar. 
E há mais, queira o destino que este episódio seja visto, mal o menos, como um delírio de um velhote ultrapassado e com mau perder, porque se for visto como uma atitude e posição oficial do partido, pode ser mesmo o início do fim do PCP, o único partido comunista,dos poucos que ainda sobrevivem, da Europa com peso politico e capaz de influenciar governações e com grande representação no poder local (1). 
E isto porque o episódio da "bonequita" não é um fait-divers. 
Trata-se de uma manifestação de desdém e desrespeito a todas as mulheres que se dedicam á política e à Res-Pública, atitude insuportável na sociedade do século XXI, num partido pioneiro  e com coerência e persistência  no que toca à luta pela valorização do papel da mulher na sociedade e na equidade/paridade sexual em política (2). 
Mas ainda é mais, é um ataque estúpido e covarde não só para fora como também para dentro, para trás e para a frente, porque desrespeita todas as mulheres que possam vir a ser, as que são e as que foram determinantes na vida do partido desde e nos tempos de clandestinidade. 
Isto não se faz....nem às mulheres, nem à memória do partido, nem (queira o destino que não) ao seu futuro...e logo quando as coisas pareciam ficar melhores aparece uma cena destas a inquinar tudo. 
Será que o camarada Jerónimo não está a lidar bem com o facto de ter um governo nas mãos? Ou será apenas um episódio infeliz? 
E se for este o caso, convinha que fosse apenas do camarada Jerónimo, porque eu não me revejo , nem de perto nem de loge nesse comentário desprezível e insustentável. 
E como eu milhares de outros....e então as mulheres!!!?? 
Pois é....Pensem bem no dia de amanhã...porque amanhã pode ser tarde demais.....até amanhã camaradas.....fiquem bem

Notas: 
1. representado com maior percentagem que qq partido comunista ou derivado de Pc na Europa em 60% do território em termos autárquicos (aqui, mapa 2005)



2.O PCP e  a luta das mulheres, 1996, in,http://www.pcp.pt/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=119&Itemid=561

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

ENSINO EM PORTUGAL
A SUBVERSÃO DA EDUCAÇÃO PORTUGUESA
PARTE 1
A POLITICA DO MANUAL ESCOLAR E SEUS SUCEDÂNEOS
ESTE PORTUGAL E ESTES PORTUGUESES SÃO REALMENTE FANTÁSTICOS.....VEJAMOS:
todos os anos, por esta altura se ouvem clamores, reclamações, gritos de desespero até por causa da factura dos manuais escolares...porém passa o mês de stembro e volta tudo ao normal, estdo em que ninguem diz nada, ninguem faz nada, enfim.....todos se acalmam e resignam......
a história dos manuais escolares é um dos maiores exemplos da subversão do sistema, da falta de escrúpulos, da conivência criminosa dos decisores e reguladores politicos com os interesses financeiros, uma verdadeira exploração, um roubo descarado........Mas fossem esse roubo e, a falta de carácter e responsabilidade a ele associadas por parte de todos os intervenientes (a cada um a sua dose) um preço a pagar pela qualidade e bom estado do ensino e da educação no país, e talvez fosse, por isso mesmo, se é que isso pode existir, um roubo aceitável.......MAS NÃO, LONGE, MUITO LONGE DISSO......
os manuais escolares em portugal são de péssima qualidade, por muito que se esforçem a dissimular a coisa, por variadíssimas razões das quais enuncio algumas:
1. apenas uma pequena parte não contem erros científicos graves
2. uma grande parte do seu conteúdo é absolutamente dispensável e outra parte seria mesmo conveniente que não lá estivesse.falo das enormes explicações que se seguem a documentos, por exemplo, que na maior parte das vezes apenas complicam em vez de simplificar.......os manuais de história são um exemplo gritante disso mesmo.....estes deviam ser compostos por 80% de documentação e 20 de explicação...mas é absolutamente ao contrario, apresentando muito poucos documentos e extensas explicações que nao servem para nada, com a agravante de a maior parte das vezes serem apenas pontos de vista subjectivos dos autores...mas isto tambem é verdade em outros casos.....
3. em virtude disto, tornam-se demasiados extensos , grandes e pesados, o que seria evitável caso tivessem boa qualidade e palha a menos.
ALÉM DISTO TUDO, QUE JÁ NÃO É POUCO, as editoras inventaram uma cena absurda que dá pelo nome de "caderno de actividades".....o que são estes cadernos de actividades? trata-se de um livrinho mais maneirinho que o manual mas que leva mais de 30% do orçamento global (cerca de 70 euros em 200 para o 3º ciclo por exemplo). E PARA QUE SERVEM ESTES CADERNOS DE ACTIVIDADES? 
Para rigorosamente nada, ou melhor......para extorquir 30% do orçamento aos cidadãos, ás famílias.......só têm essa função porque a maior parte deles chegam ao final do ano sem terem sido utilizados, outros são utilizados meia dúzia de vezes para se dizer que foi utilizado e assim justificar a sua compra.....seja como for, o professor é o responsável único pela elaboração de actividades durante as aulas, para trabalho de casa, de grupo, etc......eu nunca tive um caderno de actividades e não foi por isso que fiquei sem actividades nem exercícios, nem que aprendi menos que os meus filhos........na verdade, não é preciso nenhum caderno de actividades para criar, inventar, elaborar, levar a cabo actividades, isso é da competência do professor....
neste como noutros aspectos da politica educativa e da escola portuguesa, o problema é que acrescido á avidez pelo lucro das editoras e á irresponsabilidade criminosa do ministério da educação, temos uma classe de professores que se demitiu há muitos anos de intervir em aspectos decisivos da politica educativa (e curiosamente andam sempre a pedir mais espaço e importância nessas mesmas decisões)...estes srs.drs deviam ser os primeiros, porque têm responsabilidade dupla (como docentes e como pais) de reagir a estas poucas vergonhas e lutar por uma escola onde o objectivo central seja a educação e o sucesso e não viver resignados numa escola em que os verdadeiros objectivos são lateralidades e os reais e existentes são laterais á função e natureza da escola......e quanto aos srs drs eu realmente não entendo como não têm intervindo mais na questão dos manuais?????sinceramente não entendo........porque razão há-de um professor de ser conivente com uma politica (ou a ausencia dela neste caso) que minoriza o papel do professor, porque isso é o que tentam fazer as editoras dos manuais ao introduzir nos mesmos aquilo que é pura e exclusiva competência do professor, a saber a explicação.....??????? porque razão há-de um professor conviver com uma politica que permite, MAIS IMPINGE, OBRIGA COERCIVAMENTE, os alunos a adquirirem "cadernos de actividades", algo que sempre foi competÊncia exclusiva e pura do professor?????? enfim porque razão há-de o professor conviver alegremente com todas estas (e muitas outras) iniciativas que só tendem a diminuir a sua importância e estatuto na escola e no sistema educativo, bem como a sua qualificação academica , cientifica e profissional?????? e para terminar, antes que me esqueça, porque razão há-de o professor interessar-se e querer (e alguns até ficam todos desapontados quando nao existem) um livrinho com planificações anuais, de unidade e até de aulas???? isso, meus amigos, não entendo, de todo........neste caso é uma vergonha absoluta........mas isto é outra história que dá pano para mangas.......
NÃO ENTENDO CARÍSSIMOS CONCIDADÃOS....NÃO ENTENDO COMO PODEM FICAR CALADOS E QUIETOS TODOS OS ANOS APESAR DE TANTO CLAMOR? NÃO ACHAM QUE ESTÁ NA HORA DE ENCARAR OS PROBLEMAS VERDADEIROS A SÉRIO??????? PORQUE NÃO COMEÇAR POR AQUI?????
MAS CUSTA-ME MAIS A ENTENDER QUANDO SE TRATA DE UM PROFESSOR EM VEZ DE OUTRO CIDADÃO QUALQUER. PORQUE RAZÃO CONTINUAM A CONVIVER COM ESTAS POUCAS VERGONHAS????? PORQUE CONTINUAM A PERMITIR QUE ESTES ROUBOR, ESTA SUBVERSÃO DO SISTEMA, ESTE DENEGRIR DA PROFISSÃO?
OU SERÁ QUE TODOS AMBICIONAM CHEGAR A COORDENADOR DE GRUPO OU DEPARTAMENTO E ASSIM GANHAREM UMAS FERIAS PAGAS PELAS EDITORAS PARA A FAMILIA TODA EM TROCA DA ADOPÇÃO DE UNS MANUAIS DE MERDA E DE UNS CADERNOS DE ACTIVIDADE E MAIS UM LIVRO DE FICHAS E MAIS UM GUIA DE CONTEÚDOS, ETC, ETCC??????? É QUE NÃO VAI DAR PARA TODOS...POIS NÃO...CONVENÇAM-SE DISSO CARÍSSIMOS...NEM TODOS LÁ VÃO CHEGAR....

sábado, 1 de junho de 2013


TEXTO DA EXPOSIÇÃO E PEDIDO DE ESCLARECIMENTO AO HOSPITAL DE BRAGA
ASSUNTO: Exposição, pedido esclarecimento e reclamação relativos a episódios ocorridos em 24 e 27 de Novembro de 2012

Excelentíssimos senhores:

No passado sábado, 24 de novembro de 2012, recorri às urgências do Hospital de Braga devido a uma situação de sangramento nasal. Tal situação verificara-se por 4 vezes em 72 horas, com o primeiro episódio a ter lugar na quarta de manhã, o segundo 48 horas depois, e os dois últimos na madrugada e manhã do próprio sábado.
Iniciei o processo na urgência hospitalar por volta das 8,30 horas, tendo liquidado a taxa moderadora de 20 euros própria de uma consulta de urgência polivalente, de onde segui para a triagem que, por sua vez me encaminhou para a urgência de otorrinolaringologia (ORL). Na ORL fui atendido pelo médico especialista, que observou o problema e decidiu pela administração de anestesia local de modo a permitir a colocação de um “penso” e efectuar um tamponamento anterior da nasofaringe. Por fim, foi prescrita uma solução de descongestionante nasal (neo-sinefrina) que, conforme indicação médica, deveria ser usada apenas em caso de sangramento ulterior. Terminados os procedimentos médicos, o especialista escreveu algo num papel que fechou num sobrescrito com timbre do hospital, não revelando o conteúdo do mesmo, tendo-me instruído para, na próxima terça-feira, dia 27 de novembro, me apresentar no serviço de urgência, entregando tal sobrescrito aos funcionários administrativos. O sobrescrito tinha escrito por fora a seguinte indicação: “SU- ORL-TERÇA-FEIRA”.
Na terça-feira, 27 de novembro de 2012, dirigi-me ao serviço de urgência, entreguei o sobrescrito ao funcionário que o abriu. Contra a minha expectativa foi-me cobrada a taxa moderadora de uma nova consulta de urgência polivalente e fui remetido, de novo, para a triagem e desta, muito naturalmente, pois não poderia ser de outra forma, para a respectiva e de antemão sobejamente determinada, consulta de ORL. Aqui, um médico especialista, diferente do anterior, inteirou-se da situação, retirou o tamponamento, observou a nasofaringe, tendo concluído que nada mais havia a fazer, visto não ser detectável qualquer vaso rompido que necessitasse de outro tratamento ou intervenção. Foi-me prescrita uma solução para lavagem e hidratação da nasofaringe e uns comprimidos antialérgicos (cetirizina) para administração diária antes de deitar durante 10 dias.

Assim, dados os factos ocorridos, e aqui relatados, resulta obscura e dificilmente compreensível a razão ou razões, pelas quais:
A.                fui encaminhado para o serviço de urgência pelo médico especialista de ORL
B.                 me foi cobrada a taxa referente a uma consulta de serviço de urgência polivalente
C.                fui submetido a uma nova triagem, quando existia a indicação prévia do médico especialista de ORL , inscrita no sobrescrito, para encaminhamento para o serviço de ORL

Em função dos factos relativos ao desenvolvimento e tramitação do meu processo de atendimento, da minha incompreensão sobre o rumo de que o mesmo se revestiu e ainda das minhas dúvidas sobre a correcção deontológica e legalidade administrativa de todo o processo, venho por este meio solicitar os seguintes esclarecimentos:
1.      Em que medida pode o episódio do dia 27 de novembro ser considerado uma consulta de urgência polivalente, visto que:
a.      A minha ida ao hospital foi ordenada pelo médico de ORL que me observou, diagnosticou e tratou no dia 24 de novembro.
b.      A ordem médica para retornar ao hospital residia na necessidade de observar os efeitos da terapêutica efectuada e, sobretudo, na exigência incontornável, de finalizar o processo terapêutico iniciado no sábado, uma vez que o tamponamento anterior da nasofaringe efectuado não desapareceria por si só, nem seria da minha competência proceder à remoção do mesmo, até porque, e creio não haver dúvidas sobre isso, no caso de se continuar a manifestar a afecção que me levou ao hospital no sábado, algo deveria ser feito para a resolver, e tais competências pertencem apenas ao médico da especialidade respectiva.
2.      Tendo em conta os termos da portaria 316-A/2011 de 20 de Dezembro, que regula a aplicação das taxas moderadoras para os diferentes cuidados de saúde prestados nas unidades de saúde do SNS, e nomeadamente considerando o seu artigo 2º, que apresenta a definição e diferenciação desses mesmos cuidados, em que alínea se deve enquadrar o serviço prestado no dia 27 de novembro de 2012, sabendo-se que o mesmo decorre inevitavelmente e se constitui como sequência obrigatória do serviço prestado no dia 24 de novembro de 2012?
3.      Por que razão o médico especialista de ORL ordenou a passagem pelo serviço de urgência quando sabia de antemão que o meu destino devia ser o serviço de ORL, (tanto que o indicou no sobrescrito pelo seu próprio punho), uma vez que nenhum outro local ou serviço, nem profissional de saúde, seriam os adequados para a reavaliação do estado e dos efeitos da terapia aplicada, e consequente finalização do processo iniciado, por ele próprio, no dia 24 de novembro?
4.      Tratando-se de uma visita inevitável e obrigatória pelas razões antes enunciadas, não deveria a mesma ser considerada parte integrante do mesmo episódio de urgência, ou quando muito, considerada como “acto complementar de diagnóstico e/ou terapêutica” e, como tal, não estar sujeita a nova taxa moderadora, ou quando muito, apenas às taxas referentes aos meios complementares de diagnóstico e de terapêutica, não incluídas no valor já liquidado pela consulta de urgência de sábado?
5.      Em que medida os procedimentos administrativos adoptados e ordenados pelo médico especialista, uma espécie de “urgência compulsiva” ou “urgência induzida”, quanto a mim errados e enganosos, são da sua própria responsabilidade ou resultam de orientações regulamentares legais e/ou institucionais, ou outras emanadas da própria administração hospitalar?
Por tudo isto, acho que a errada condução do processo, dolosa ou negligentemente, por parte do médico especialista e dos serviços administrativos, conduziu a um erro na aplicação e cobrança de taxas moderadoras respectivas e devidas, traduzidas em benefício e prejuízo indevidos, respectivamente, para o Hospital e para mim próprio.
Assim, termino esta comunicação na certeza de que a mesma não deixará de seguir as vias e prazos legais, esperando que este processo termine com as clarificações e justificações solicitadas e, portanto, que seja revelada a verdade no que diz respeito, ao rumo, às causas e responsabilidades pelo rumo que o processo seguiu, e que seja reposta a verdade, justeza e legalidade acerca das taxas moderadoras cobradas, evitando, dessa forma, o recurso ulterior a instituições fiscalizadoras e reguladoras do sector da saúde, bem como a outras que sirvam os propósitos de averiguação e reposição da justiça no âmbito da República Portuguesa.

Muito atentamente
José Figueiredo da Silva

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

HÁ LODO NO CAIS



Este maravilhoso filme do grande mestre Kazan ilustra muito bem o ambiente reinante na Fenprof, a maior organização de professores do nosso país, as suas orientações e a sua posição no seio do sistema educativo.
Num país que sofre de um atraso estrutural ao nível educativo, abrangendo toda a sociedade, desde a actual população escolar, com sérios problemas de insucesso, abandono e outros, até à nossa população activa, a menos qualificada da União Europeia, muitos são os problemas que urge resolver.
Não obstante sermos um dos países que mais gasta na educação, os resultados não espelham o investimento e, portanto, só resta concluir que o dinheiro é mal gasto. As razões desta má aplicação do investimento são variadas, e não as vamos discutir aqui.
Mas há coisas que é preciso dizer, independentemente do tema do discurso. A escolaridade obrigatório foi fixada em 1986 no 9ª ano, o que já se sabia na altura era insuficiente. Todavia será preciso esperar por 2012 para que os primeiros alunos sejam abrangidos pela escolaridade obrigatória até ao 12º ano, ou seja, foram precisos 26 anos para tomar esta decisão. Os equipamentos, apesar da nítida melhoria nos últimos 20 anos, continuam a  ser insuficientes, mal distribuídos, sem manutenção, etc. Os programas e currículos estão desactualizados, na maior parte dos casos são impraticáveis dada a sua desproporcional extensão, excessivamente repetitivos, e pior do que tudo, desviados da realidade social, profissional, económica e mesmo da pedagogia e didáctica. Por fim, os alunos, que deviam ter na escola as suas oportunidades para, além de aprenderem as matérias curriculares, porem em pratica diversas capacidades, desenvolverem competências extracurriculares e praticarem os seus hobbys preferidos, acabam por não ter essas oportunidades, uma vez que, cerca de 40% do tempo diário não têm nada para fazer, ficando entregues a si próprios, quando deviam estar numa actividade qualquer acompanhados e monitorizados por professores, os únicos habilitados para educar dentro da escola.
Portanto, muito há para resolver ao nível do ensino e da educação, não obstante a FENPROF só está preocupada com avaliação de desempenho dos professores, preocupação legítima não fosse o facto da FENPROF apenas ter duas posições neste aspecto.  A primeira diz que não querem avaliação , a segunda, mais aberrante ainda diz que,  a haver um modelo de avaliação, ele não pode ter qualquer efeito na carreira dos professores e , portanto, ser absolutamente inútil, já que o único objectivo de uma avaliação profissional é graduar os mesmos segundo as suas capacidades e competências.
Assim sendo, resta dizer que, talvez seja uma boa altura para a FENPROF convocar uma sessão de cinema para os seus associados e passar este magnífico filme que é "Há Lodo No Cais"…e no fim, se tiverem lata suficiente, baterem palmas..

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

quem te viu e quem te vê!

ora aqui está um exemplo perfeito da "pedrada" que atingiu os políticos portugueses, (e que acaba por atordoar toda a gente que cá existe e labuta) e da qual não se "conseguem" livrar...eles bem tentam... e ás vezes conseguem...ir para a oposição...depois do "saque efectuado" depois das "transferências" estarem consolidadas num paraíso fiscal qualquer, depois das pensões milionária asseguradas aos 40 anos (com 4 ou 5 de serviço, a maior parte das vezes um mau serviço que devia era ser punido severamente e não agraciado), depois dos "tachos" reservados para si próprios e para os amigos...lá vão eles para a oposição... claro que, posto isto, sobejamente conhecido de todos, é caso para perguntar quem ficou com a maior "pedra", se eles se nós...